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22 de ago. de 2011

Debret: olhar francês sobre o Brasil


Jean Baptiste Debret nasceu em Paris, em 1768, e viveu 48 anos pela França e Europa, estudando obras de arte, frequentando ateliês de artistas famosos e conseguindo prestígio junto com o Imperador Napoleão Bonaparte através das pinturas de suas vitórias sobre os outros reis da Europa. No entanto, por volta de 1815 a situação não estava favorável aos amigos de Napoleão: o Imperador foi derrotado, as monarquias da Europa estavam reassumindo seus tronos e quem era favorável ao governo de Napoleão agora era visto com reservas. O que fazer diante dessa situação?
Muitos artistas estavam procurando outras cortes para trabalhar e viver. Eis que um embaixador português propôs a um grupo de artistas franceses que viessem até o Brasil embelezar a colônia, construir grandes obras e trazer um pouco de “cultura” européia para os trópicos. Em 1816, oito anos depois da Corte Portuguesa chegar no Brasil, desembarcou no Rio de Janeiro uma missão de artistas franceses, com arquiteto, escultor, gravador, mecânico, ferreiro, serralheiro, carpinteiro, pintores e músicos. Entre eles estava Debret, encarregado de ser o “pintor histórico”: aquele que retrataria a família real e os acontecimentos mais importantes da Corte enquanto estivesse na colônia brasileira.
Debret ficou no Brasil por quinze anos (1816-1831) e durante esse tempo pode acompanhar as transformações da colônia, que abrigava a Corte Portuguesa que havia fugido de Napoleão, para o Reino Unido e logo depois o surgimento de um Império independente. Além das pinturas da família real, ele teve tempo suficiente para andar pelo Rio de Janeiro e se impressionar com o cotidiano da capital. Suas telas ficaram muito conhecidas e são consideradas quase fotografias da primeira metade do século XIX.
Não podemos esquecer que as telas de Debret não são “fotografias verdadeiras” do que acontecia em 1820. São impressões de um francês que viveu muito tempo na Europa, com uma formação artística muito forte da Academia Francesa, e que por questões políticas se mudou para uma colônia portuguesa. A natureza, os escravos, a comida, as frutas, as festas, as procissões, os hábitos dos moradores, o comércio, o cotidiano completamente diferente de Paris devem ter deixado o artista muito impressionado. A questão da escravidão é muito presente, principalmente porque na França de sua época não existiam mais escravos e no Rio de Janeiro, onde permaneceu a maior parte do tempo, a maioria da população era escrava. Ou seja, para qualquer lugar que se andasse pelo Rio de Janeiro (capital da colônia) se veria escravos trabalhando no porto, vendendo comida, acompanhando seus senhores, indo na igreja, sendo punido, etc.
Em 1831, Debret decide voltar à França aos 63 anos. Todas as suas pinturas e suas anotações sobre o Brasil foram publicadas em três volumes, entre 1834 e 1839, intitulados “Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil”. Na época foi um fracasso de vendas na França, mas ainda no século XIX suas imagens sobre o Brasil se popularizaram e hoje são fontes para se estudar essa época da história brasileira.


Inté!

19 de ago. de 2011

Dicas de HQ

Continuando minha busca de materiais para trabalhar no meu estágio no ensino fundamental, eis que descubro um blog com diversas histórias em quadrinhos: http://bibliotecahqmontreal.blogspot.com/

É uma boa oportunidade de leitura de diferentes histórias, tanto de literatura mundial, brasileira, eventos históricos, Asterix, Tintim, Turma da Mônica ou personagens da Disney.
Encontrei a revista em quadrinho que deu origem ao seriado do Canal Futura que postei anteriormente: http://djoaocarioca.blogspot.com/

Puxando a brasa pra minha busca, há material da independência e do artista francês Debret.

Amei!!!

Inté!

12 de ago. de 2011

Vinda da Família Real Portuguesa em desenho!

Procurando material para meu estágio, cujo assunto será a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil e as mudanças que ocorreram até a Independência, eis que me deparo com um super desenho animado do assunto feito pelo Canal Futura e dividido em doze episódios, chamado "Dom João no Brasil". Não postarei todos os episódios aqui, mas fica de aperitivo o primeiro capítulo produzido com alta qualidade, tanto de conteúdo como de imagem.


Inté!