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17 de ago. de 2012

Vocês já viram essa imagem? (2)


Um marinheiro beijando uma enfermeira em plena rua. O que de histórico tem isso?
Essa foto foi tirada na Avenida Times Square, em Nova York, em 1945, quando a notícia do término da Segunda Guerra Mundial havia chegado e com ela a alegria da população que invadiu as ruas para comemorar.
Eis que um marinheiro emocionado agarra uma enfermeira desconhecida e a beija no meio da rua, perto de um fotógrafo que estava registrando as comemorações pela tão esperada notícia.

Parece uma situação de novela, não é? Eu também achava. Mas eis que uma recente notícia confirma a versão de beijo roubado. A rede de televisão estadunidense CBS encontrou o casal que era desconhecido até então para contarem a história do beijo. Reproduzo a reportagem retirada daqui abaixo:

Casal de foto histórica do fim da Segunda Guerra se revê após 67 anos

Casal que deu beijo histórico se reencontrou após muitos anos (Foto: Reprodução)Casal que deu beijo histórico se reencontrou após muitos anos (Foto: Reprodução)

Um beijo para a história. O marinheiro George Mendonsa e a enfermeira Greta Zimmer Friedman ficaram eternizados em uma fotografia clicada na Avenida Times Square, em Nova York, no exato momento do fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. A vibração do casal ficou famosa e, desde então, muita gente procurou identificar os dois, porém não obteve sucesso. Agora, 67 anos depois, a rede de televisão norte-americana CBS conseguiu achá-los e reunir a dupla em um encontro justamente naquele local.
O detalhe mais curioso da história é que Mendonsa e Zimmer sequer se conheciam quando se beijaram. O senhor, hoje com 89 anos, se lembra muito bem do dia que entrou para a eternidade. Ele estava em um encontro com outra mulher, chamada Rita Petry - que, aliás, é hoje sua atual esposa -, no Radio City Music Hall, quando a apresentação foi interrompida e o anúncio foi feito: “Os japoneses se renderam! A Guerra acabou!” Mendonsa, que havia bebido um pouco além da conta, acabou “exagerando” na comemoração.
A famosa foto do casal ficou eternizada (Foto: Reprodução/Life)A foto do casal ficou eternizada (Foto: Reprodução)
Enquanto estava correndo pela Times Square, o então rapaz vestido de marinheiro olhou para o lado e viu uma bela mulher com roupa de enfermeira. Ele não pensou duas vezes: largou a mão da sua companheira, agarrou a outra e tascou-lhe um beijão. A ousadia foi clicada pelo fotógrafo Alfred Eisenstaedt, da revista Life, que depois viria a iniciar uma campanha para “caçar” os protagonistas da cena.
“Eu estava muito feliz com o fim da Guerra, tinha tomado uns drinques, então quando a vi, agarrei e dei um beijo. Foi aquele momento, sabe? Tinha acabado de voltar do Pacífico e a Guerra havia terminado. Sobre a foto, não sabia que era eu. Um amigo meu, vários anos após esse momento, levou uma revista com a fotografia na minha casa e disse que era eu. Achei que ele estava louco, mas vi que era mesmo”, se recorda.
Greta Zimmer Friedman sequer viu que ele se aproximou, mas garante: não se esqueceu daquele momento. Ela se reconheceu na fotografia e confirmou que o casal foi o responsável pela cena inesquecível – depois de muitos outros já terem declarado que eles eram os personagens da foto, tentando ganhar alguma fama.
“Não vi que ele estava chegando e, antes que eu tivesse percebido, já tinha sido agarrada. Depois, quando vi a fotografia, não tive dúvida, sabia que era eu. Você não se esquece de um cara que te agarra dessa forma, não é? Ainda mais em um dia como aquele. Ele era muito forte. Mas eu não estava beijando ele, ele que me beijou”, comentou.
Os responsáveis pela reportagem também entrevistaram a então namorada e agora esposa (casada há 66 anos) do marinheiro, que garante que aquele foi um dia muito feliz.
Esposa do marinheiro e que foi largada por ele na hora do beijo não guarda mágoas (Foto: Reprodução)
Esposa do marinheiro não guarda mágoas
(Foto: Reprodução)
Até mesmo um livro sobre a cena será lançado em breve. A publicação, chamada “O Marinheiro Beijador”, vai revelar como o senhor Mendonsa, que tinha 22 anos em 1945 e participou da Segunda Guerra, sobreviveu às batalhas e e se encantou com o trabalho das enfermeiras – que salvaram não só a vida dele como também de diversos outros colegas marinheiros.

13 de ago. de 2012

Como enrolar em uma aula

O site de humor irônico chamado Puxa Cachorra publicou um texto com as "7 atitudes bondosas de professores universitários que só servem para enrolar aula". Eu diria que essas técnicas não estão reservadas para os professores e alunos de graduação. Tem exemplos também em escolas de ensino médio e fundamental.

Quem nunca passou por um desses momentos?

Aproveite a leitura e descubra se você já foi enrolado ou não!





jun132010
 
Nem todos os professores são a professora Helena, em tempo integral; eles também dão seus deslizes e tem preguiça de ensinar ou de preparar suas aulas, mas, com uma sala inteira espreitando, não dá para simplesmente sentar, respirar fundo e dizer: “não tenho nada para dizer hoje, podem ir embora”. Então, ao longo dos anos, a professorada desenvolveu técnicas dissuasivas e mágicas que encurtam o tempo que separa o primeiro do segundo sinal, e fez isso de um jeito tão bem acabado que conseguem até mesmo dar boas justificativas para sua picaretagem. Jogando contra o próprio patrimônio, o Puxa! agora lista 7 atitudes bondosas dos professores que, no fundo, servem para enrolar a aula.
por Vinício dos Santos | @vinisan | 13.06.2010

#7 Ler trechos de texto em aula

Tempo gasto: no mínimo, uns 20min.
O motivo [alegado]: é bom para a aula porque, assim, o professor dá mais uma chance para aqueles alunos, que não leram o texto durante a semana, de entenderem sobre o que a aula irá tratar.
E isso é bom mesmo? Quando você vai para a escola, sua intenção é que o professor compartilhe um conhecimento que só ele tenha na sala de aula. Ao ler um texto em voz alta, a única coisa que ele consegue dividir é uma habilidade que todo mundo tem desde os sete anos: a alfabetização. E isso fica ainda mais inútil quando nem paráfrase do texto o danado faz, tornando a aula uma espécie de sarau literário feito com leitura de bula de remédio.

#6 Grandes panoramas históricos

Tempo gasto: a aula inteira
O motivo [alegado]: é importante que os alunos saibam que as coisas não vieram do nada, e que há um contexto histórico fundamental para entender o que está acontecendo.
E isso é bom mesmo? Nós aprendemos a respeitar a Grécia Antiga: Sócrates, Platão, Aristóteles e todo aquele pessoal com cara de pedra tinham uma idéias tão boas, mas tão boas, que estão presentes até hoje – ou seja, faz sentido remeter a Antiguidade para explicar algumas coisas. O que não vira é ir até a Antiguidade na máquina do tempo e depois voltar a pé. Hoje nós vamos falar sobre esse autor americano dos anos 50? Então vamos ver antes um cara que influenciou ele lá em 532 a.C., e depois eu comento com vocês um evento importante de 531 a.C, 530 a.C, 529 a.C… a aula geralmente chega ao fim lá pela altura do ano 25 a.C, quando o professor irá dizer: “então chegamos no advento do cristianismo, que precisaria de uma aula inteira para comentar” – o que é, sem tirar nem por, o que ele irá fazer na semana seguinte, quando vai começar a aula dizendo “eu fiquei de comentar brevemente sobre o cristianismo na aula passada, mas antes disso, é importante que a gente fale sobre o surgimento do Universo, em 2.000.000 a.C…”

#5 Ouvir a opinião do aluno sobre o assunto

Tempo gasto: no mínimo, metade da aula
O motivo [alegado]: foi-se o tempo em que o professor só falava e o aluno escutava, passivamente. Hoje, é importante construir o conhecimento em conjunto.
E isso é bom mesmo? Olha professor, é realmente bacana que o senhor queria saber o que a gente entende do mundo, mas minha mãe me mandou para a escola justamente para que eu aprendesse outras coisas além daquelas que eu já sabia – e eu meio que dependo de você nessa. Pensem nisso como uma grande receita coletiva, em que a gente acha que está trazendo os ingredientes e que o professor só vai coordenar a mistura, quando, na real mesmo, o que a gente faz é ficar debaixo do sol tentando ferver a panela de água para, no fim, o professor abrir o pacote de miojo e resolver tudo em três minutos. Eu sonho com o dia em que o professor virá para a aula com a água fervida e um prato mais digno do que miojo.

#4 Destinar o fim da aula para perguntas dos alunos

Tempo gasto: os 15min finais
O motivo [alegado]: é importante que, ao final da explicação, os alunos levantem suas dúvidas para a turma, de modo que ninguém vá para casa sem entender algum dos pontos levantados.
E isso é bom mesmo? No fim das aulas, alunos costumam mesmo ter suas dúvidas – a principal delas costuma ser “o que diabo eu estou fazendo nesse curso?” – mas não se deixe enganar por esse momento bom samaritano do professor: quando ele encerra a aula antes do horário para “abrir-espaço-para-dúvidas”, está mesmo é encerrando a aula porque não tem mais nada relevante para dizer, mas simplesmente não pode admitir isso e liberar todo mundo. Assim, ao invés de dizer “ainda temos quinze minutos, então vamos jogar forca, eu começo!”, o professor tenta dar uma funcionalidade para seus 15 minutos de excesso e, depois que os alunos o contemplam por 15 segundos com a maior cara de bunda, ele se dá por aliviado e pensa “bom, minha parte eu fiz”, e aí libera todo mundo. Mas podia ser pior. Sempre tem aquele professor que resolve fazer um panorama histórico com o tempo que falta.

#3 Tolerar atrasos

Tempo gasto: os 15min iniciais
O motivo [alegado]: não vale a pena começar a aula sem que todos os alunos estejam presentes, porque os que ainda não chegaram serão prejudicados por perder a introdução da exposição.
E isso é bom mesmo? É fato: as pessoas vão atrasar, e isso depende exclusivamente de um único fator – o quanto elas serão punidas se fizerem isso. Se você atrasar e nada te acontecer, na semana seguinte irá atrasar mais um pouco, para testar até onde pode ir. Então, quando o professor começa com suas complacências de “vamos esperar quem mora longe”, “vamos esperar porque está frio hoje”, “vamos esperar que ontem teve festa”, “vamos esperar”, ele está encorajando o surgimento de bichos-preguiças, e mais do que isso, recebendo um salário bem grandão não para explicar uma coisa que só ele com sua formação em Oxford pode fazer, mas para acompanhar os alunos na complexa tarefa de inspirar e expirar ar.

#2 Fazer chamada usando os nomes inteiros

Tempo gasto: pelo menos uns 10min
O motivo [alegado]: é uma forma de se conhecer melhor os alunos
E isso é bom mesmo? Vocês conseguem pensar em algum motivo honesto para tratar as pessoas pelo nome completo, que não seja a mais pura e redonda tentativa de enrolar? Façam as contas: se cada pessoa tem, em média, dois sobrenomes, uma sala com 60 alunos tem 180 nomes para serem pronunciados, e se o professor gostar de exibir sua dicção perfeita e seu conhecimento de línguas, na certa irá parar em cada nome estrangeiro para perguntar se os dois ZZ pronunciam como S ou X. Isso quando ele não resolve ampliar sua rede de contatos e averiguar se algum aluno tem parentesco com um figurão importante: “Augusto Roberto da Gama Schiningler? Você é parente do August von Schiningler, presidente da Volkswagen? Ah, seu avô, que interessante”.
No instante seguinte, o professor faz uma anotação discreta ao lado do nome na caderneta: “possível desconto em carros”.

#1 Dar seminário

Tempo gasto: semanas de aula
O motivo [alegado]: é de extrema importância que o aluno adquira experiência em falar em público e realizar exposições, principalmente aqueles que desejam ser professores.
E isso é bom mesmo? A razão da existência das padarias é de que é trabalhoso fazer pão em casa. Agora, imagine se você fosse até uma padaria e, ao invés de chegar no balcão e pedir tantos paezinhos, o padeiro entregasse a farinha e os ovos na sua mão, mostrasse como mexe no forno e ainda dissesse “não esquece de colocar na balança e passar no caixa, hein!”
Quando um professor tasca uma renca de seminários em aula, é justo isso que ele está fazendo: colocando você para fazer o trabalho dele! A safadeza atinge níveis inéditos quando os seminários se estendem ao longo do semestre, ou seja, o sujeito simplesmente se dá quatro meses de férias com o corpo presente na sala de aula. Ainda na metáfora da padaria: a gente não recorre ao padeiro por acaso: ele é o cara que sabe fazer os pães, e a gente não. Com o seminário, o professor não só para de trabalhar, como ainda proporciona um banquete de pão encruado para a turma toda.
E não venham com essa de que “ajuda a se preparar a dar aulas”. Em um seminário de faculdade, o público-alvo tem a mesma carga de conhecimento dos apresentadores, então é como se você treinasse para a Copa do Mundo chutando a bola na parede da garagem.

3 de ago. de 2012

E se na Segunda Guerra tivesse facebook?

Vocês já devem ter visto essas adaptações que o pessoal inventa com alguns eventos históricos como se eles estivessem ocorrendo no tempo do facebook. Eu simplesmente acho fantástico, muito bom para usar em sala de aula. O post de hoje é sobre a Segunda Guerra Mundial. 
Só para relembrar, a internet não existia nessa época! Isso foi tudo elaborado por alguém nos dias atuais, ok?


Inté!

1 de ago. de 2012

Vocês já viram essa imagem?

Tradução da frase: Nós podemos fazer isso!
Essa imagem é uma propaganda estadunidense* criada entre 1942 ou 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, convocando as mulheres para trabalharem fora de casa. O contexto era o seguinte: a guerra estava ocorrendo e os soldados estavam se alistando e sendo convocados para a luta. Como os soldados eram em sua maioria homens, as empresas e fábricas começaram a ficar sem os seus empregados. Como a economia não podia parar, principalmente nesse momento de guerra em que os gastos são altos, as mulheres foram trabalhar fora de casa.

Sim, houve um tempo (não muito longe) que as mulheres não podiam trabalhar fora de casa. Eram criadas para o lar, para serem boas mães e conseguirem bons casamentos. Entretanto, a situação obrigou elas a saírem de casa e irem trabalhar. Na Primeira Guerra Mundial já tinha ocorrido, mas depois a situação havia retornado ao que era antes. Agora, a partir desse contexto, as mulheres saíram e algumas não voltaram mais para casa e começaram, cada vez mais, a reivindicar direitos e igualdade com os homens.

Esse cartaz foi inspirado em uma trabalhadora da época. Geraldine Doyle Hoff foi fotografada aos 17 anos enquanto trabalhava como operária no American Broach & Machine Co. Na foto abaixo, você pode visualizar a musa e a obra:



*Dicionário: estadunidense =  pertencente aos Estados Unidos da América (EUA).