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17 de set. de 2012

Racismo cotidiano

Esse post foi retirado do blog Escreva Lola Escreva e discute uma cena de racismo presenciada por uma das leitoras do blog. Racismo velado, mas muito claro para quem visualizava a cena.

GUEST POST: RACISMO NA CABELEIREIRA

Cecilia é uma cientista com um cabelão loiro, crespo, que vai até o joelho. Esta foto que ela me enviou é de quatro anos atrás. Hoje seu cabelo está muito mais longo e, como dá pra imaginar, exige muito tempo pra cuidar. 
Bom, o guest post em que o Robson falava do nosso padrão de beleza racista inspirou Cecilia a relatar algo que tinha acabado de acontecer com ela. Quer dizer, não com ela -- ela foi mais testemunha que vítima da história. A vítima? Todos nós. Uma sociedade só tem a perder quando é racista. Ainda mais quando o racismo está enraizado dentro de nós.

Este post caiu como uma luva para uma situação horrível que vivi ontem, e que gostaria de desabafar. Não quero me expor nem expor o nome do salão cabeleireiro, já que vou relatar um crime do qual não tenho nenhuma prova (além do meu testemunho). Não quero sofrer retaliação ou mesmo gerar uma onda de ódio caso a pessoa seja reconhecida. 
Moro numa cidade no interior de São Paulo. Meus pais são imigrantes europeus, o que me garantiu uma pele branca, olhos claros e cabelos loiros. 
Não sou exatamente vaidosa, mas gosto muito do meu cabelo. Muito mesmo -- ele tem mais ou menos 1,5m de comprimento, e o cultivo com muito carinho! 
Hoje resolvi experimentar um salão novo que abriu aqui perto de casa para fazer uma hidratação (faço mensalmente). Geralmente quando chego no salão já vou logo avisando que meu cabelo é difícil -- é fino, embaraça muito fácil. E que topo pagar mais por causa disso, sei que é quase tortura tratar dele. 
Como sempre, fui muito bem tratada; a moça, que é dona do salão, disse que não cobraria a mais por causa do comprimento (R$ 150 para cabelos longos) e foi logo puxando papo. Disse que iria até me fazer desconto, porque o movimento tá fraco agora em agosto, e ela está com dificuldades para pagar as contas, muitos horários vazios, naquele dia mesmo ela não tinha mais ninguém, e ainda era 13h. 
Começou o serviço. Primeiro, tentou me convencer a fazer escova progressiva (meu cabelo não é liso, é ondulado). Não, obrigada, gosto dele do jeito que é. Depois de insistir um pouco, começou a me oferecer fazer luzes, que ficaria muito bom. Novamente, não, obrigada, gosto dele do jeito que é e não quero pintar/mudar, estou satisfeita. Não gosto da ideia de passar produtos que possam prejudicá-lo, e realmente gosto dele do jeito que é. 
Aí veio o primeiro choque. Ela tentou me provar que luzes não fazem mal ao cabelo mostrando a foto da sua sobrinha de um ano (!) que tinha feito luzes. E aproveitou para compará-la comigo, que ela era loirinha como eu. Essa situação me desconcertou: dizer que a menina era loira sendo que não era. A menina (devo dizer bebê?) tinha a pele morena e traços fortemente africanos. Não tinha nada de loira além das luzes no cabelo. Não sei dizer o que me chocou mais: fazer luzes numa criança de um ano ou fazer isso para que ela fique 'loira'. Essa criança vai ouvir desde sempre que é errado ser do jeito que ela é, com seus cabelos negros -- melhor é ser loira. 
Comecei a me sentir desconfortável no salão. A moça não parava de sugerir que a cor do meu cabelo era ótima, bem melhor do que os cabelos que ela costumava atender. Como se ela me dissesse: você é melhor porque é branca. 
Mas isso não foi o que mais me chocou. Quando estava quase terminando, um carro parou na porta e uma moça entrou. A princípio não dei muita atenção, ela só estava pedindo para fazer uma hidratação. A cabeleireira disse que para o cabelo dela custaria 450 reais. Isso me chamou a atenção (três vezes mais do que ela me pediu! -- qual seria o tamanho do cabelo da moça?) e dei uma boa olhada nela. Era uma mulher bonita, vinte e poucos anos, negra, com uma cabelo muito bonito um pouco abaixo dos ombros. Ou seja, bem mais curto que o meu. 
Mesmo com o preço salgado, a moça disse ok e perguntou se poderia ser no mesmo dia ou no dia seguinte. A cabeleireira abriu a agenda e disse que estava lotada até setembro -- enquanto eu olhava a agenda pelo reflexo do espelho, vendo que não tinha NADA marcado. 
A cliente agradeceu e perguntou se ela conhecia algum salão na região. A resposta: "Ah, para tratar seu tipo de cabelo, sugiro que você procure salões nos bairros tal e tal" (bairros extremamente pobres da minha cidade). 
Novamente ela agradeceu e foi embora num carro novinho (não entendo de carro, mas era um carrão -- desses grandes, que custam bem caro). E a cabeleireira voltou para finalizar o meu, comentando:
Cabeleireira: "Ah, ainda bem que ela foi embora. Tentei colocar um preço alto mas mesmo assim ela não desistiu"
Eu (chocada): "Mas você não estava precisando de dinheiro e com horário vago?"
C: "Estava, mas ainda não tô passando fome para atender gente assim."
Eu: "Assim como?"
C: "Ah, esse pessoal de cor. O cabelo é muito ruim, não é bonito e fácil de lidar como o seu. Além do mais eles têm um cheiro esquisito, já reparou? Não cheiram bem como a gente que é loira, o suor deles é muito fedido."
Não consegui responder. Fiquei olhando para ela. Loira como a gente? Ok, eu sou loira, mas ela decididamente não era. Tinha os olhos castanhos claros, a pele bem escura, cabelos que no original deviam ser negros e ondulados, mas que estavam alisados e pintados de loiros, e traços africanos no rosto. 
Não sei o que me chocou mais: se foi o racismo, ali, na minha frente, quase cuspindo no meu rosto, ou se foi a fonte dele, uma moça comum, com óbvia ascendência negra. Não que o racismo por pessoas brancas seja justificável, mas aquela mulher, além de rejeitar o próximo, estava rejeitando a si mesma. 
Eu fiquei pensando naquela moça que foi dispensada. Não bastava ela ter dinheiro para pagar (pertencer à tão privilegiada e minoritária classe média), ter tempo livre (não é todo mundo que pode ir para um salão numa sexta à tarde), dirigir um bom carro. Nada disso importava. Ela ia continuar sendo mandada para a periferia, lá é o seu lugar, não importa quanto dinheiro tenha. Ela ia continuar sendo 'fedida'. 
Eu não consegui reagir. O que responder, Lola? O que responder, pessoal? Denunciar para quem? Provar como? Se a própria vítima foi embora.  
Essa moça não entrou no salão da Ku Klux Kan. Não havia uma suástica desenhada na parede. A pessoa que a atendeu não era um exemplar racista, era uma mulher como ela, como somos todos nós, filhos de pessoas de outras terras. Era só um salão de esquina, igual a tantos outros. E mesmo assim ela sofreu um racismo bárbaro. 
Visualizei a cena dela entrando de salão em salão e sendo rejeitada, enquanto todos a mandavam para o seu lugar. 
Não consegui falar mais nada depois disso. A moça ainda fez alguns comentários, mas respondi com monossílabos, paguei e fui embora. Sei que não vou voltar mais lá. Pessoas da minha família também não. Mas me pergunto se isso é o bastante. Mesmo que a mulher tivesse sido processada e presa (afinal, racismo é crime inafiançável), seria o bastante? Quando as pessoas negam a si próprias, tentam ser aquilo que não são, acham que os outros que têm os genes ligeiramente diferentes são melhores, o que fazer?
Parei e pensei: quantos amigos negros eu tenho? Dois. Sou racista? Não. Mas no meu mundinho de classe média pessoas negras não entram. Tenho amigos brancos como eu e asiáticos, porque essas pessoas estudam em escolas particulares, moram em bairros bons e estudam em faculdades de primeira. Os negros são minoria nesse mundo. E, quando entram, há aqueles que não os aceitam, que acham que eles devem continuar pobres, como gente fedida deve ser. 
O que fazer quando o racismo bate tão violentamente a sua porta? 

Meu comentário: Deixo para vocês responderem às questões da Cecilia. Mas eu me lembro de um dos maiores exemplos de racismo que já vi impressos. Saiu na coluna esportiva de um jornal catarinense, talvez em 1996. Tinha havido um daqueles tensos duelos do vôlei feminino, Brasil vs Cuba, arena de muita rivalidade. E o jornalista decidiu focar na aparência física das jogadoras. As brasileiras, quase todas brancas (apesar de vivermos num país em que mais de 50% da população é negra ou parda), eram lindas, delicadas e dignas, segundo o colunista. As cubanas, todas negras, ele chamou de crioulas, macacas, fedidas -- enfim, todos os termos racistas que a gente conhece. Eu fiquei de cara. Não conseguia acreditar que estava lendo aquilo. E, a ironia suprema: o jornalista é negro. Deve ser o único colunista negro de SC, se bobear.
Eu não escrevi pro jornal protestando, porque pensei: sou branca, acho, e o cara é negro. E eu vou estar acusando um negro de racismo. Hoje protestaria sem piscar. Aliás, hoje, com a internet, aquela coluna, e as reações a ela, correriam o Brasil. Mas eram outros tempos, pré-internet. Não li nenhuma carta de protesto no jornal. Nunca vi aquele colunista se retratar.
Só que individualizar o problema é fácil demais. Pensar que a cabeleireira com ascendência negra ou o jornalista negro é que são racistas, e a gente não, é bem cômodo. Dá até pra jogar aquelas frases de efeito no meio, né? Aquelas baboseiras de "negros são os piores racistas". Pena que não é verdade. A cabeleireira, o jornalista, eu e você, somos produtos da nossa época e lugar. Eles não foram jogados de uma nave espacial e vieram parar no Brasil por acaso. Eles -- nós -- respiram o racismo de toda uma sociedade. E internalizam tudo. Fica automático. Eles -- nós -- aprendem qual é a cor desejável, a cor padrão, a cor bonita, a cor de quem tem poder. Aprendem que negros são feios e fedidos. E que tudo bem chamar negro de crioulo e macaco, ainda mais se for só uma piadinha inocente, o politicamente correto quer acabar com nossa liberdade bla bla bla!
Este relato da Cecilia é interessante também para rebater o pessoal do "não somos racistas", que tá mais pra "não somos apenas racistas". Sabe o pessoal que diz que a discriminação no Brasil é pela classe social, não pela cor? Pois é. Pensem na moça que, mesmo tendo dinheiro pra pagar, não é atendida num salão por uma cabeleireira que acredita que negros cheiram mal.

14 de set. de 2012

Jorge Amado em sala de aula

Esse post foi retirado de uma matéria da Revista de História da Biblioteca Nacional que aborda a questão dos livros de Jorge Amado como material de estudo para as aulas de História, tanto seus livros como os filmes que surgiram dos seus escritos.

Para ver a matéria no site original, clique aqui.


Amado em sala de aula

Jorge Amado escreveu romances que retratam diversos aspectos da sociedade brasileira. Sua obra pode ser levada à escola e trabalhada por professores de História, Geografia, Sociologia e Literatura

Ilana Seltzer Goldstein

  • Ilustração: João Teófilo
    Ilustração: João Teófilo

























    Jorge Amado (1912-2001) foi um escritor superlativo: publicou 32 livros povoados por mais de 5.000 personagens e vendeu cerca de 30 milhões de exemplares somente no Brasil. Embora editado em 52 países e traduzido para 29 línguas, escreveu quase exclusivamente a partir de sua Bahia natal. Ainda assim, seus romances trazem para a sala de aula provocações relevantes sobre diferentes aspectos da sociedade brasileira, e até mesmo questões universais [como mostra o artigo Bahia universal, publicado este mês na Revista de História].

    Em Gabriela cravo e canela, por exemplo, há passagens em que a submissão da mulher fica evidente. O livro começa com o assassinato de Sinhazinha por seu marido, que a flagrara com outro. Há prostitutas que são posse exclusiva de certos coronéis. A protagonista Gabriela, por outro lado, destoa ao buscar sua liberdade e sua autonomia. Há também a heroína de Tereza Batista cansada de guerra é uma menina criada pela tia que, ainda adolescente, é obrigada a servir sexualmente um homem violento em troca de dinheiro. A partir da leitura desses romances, ou da projeção das respectivas adaptações audiovisuais, pode-se pedir aos alunos que tracem os perfis femininos encontrados no romance, para depois compará-los às possibilidades e atitudes das mulheres no Brasil do século XXI.
    Antonio Balduíno, herói de Jubiabá, tem Zumbi dos Palmares como ídolo. Seu antepassados foram escravos e ele frequenta terreiros de candomblé. Pedro Archanjo, protagonista de Tenda dos milagres, tenta convencer a todos de que as tradições afrobrasileiras enriquecem a cultura nacional e que a mestiçagem é uma grande riqueza. Mas há também personagens racistas, como a mãe de Lu, noiva de Tadeu Canhoto, em Tenda dos milagres, que não gosta dele por causa da cor de sua pele. Ou a cozinheira Amélia, de Jubiabá, que acredita que “o negro tem que saber o seu lugar”. A partir da leitura desses dois livros ou da projeção dos filmes homônimos, o professor de história terá elementos para abordar as consequências da escravidão africana no Brasil; o racismo baseado na cor e na condição socioeconômica; e as polêmicas recentes em torno das cotas raciais nas universidades.
    O cavaleiro da esperançaé uma biografia de Luís Carlos Prestes, líder comunista que liderou a lendária marcha da Coluna Prestes por todo o Brasil. Esse é um dos livros menos conhecidos de Jorge Amado – que, inclusive, foi um dos articuladores da campanha pela libertação de Prestes, quando de sua prisão. A leitura desse livrinho possibilita ao professor de história, geografia ou sociologia recuperar o movimento socialista no Brasil e no mundo, algo hoje distante da realidade dos alunos.
    O Sumiço da Santa se passa durante “os piores anos da ditadura militar”, nas palavras do próprio narrador. Episódios de prisão, censura e tortura se fazem presentes em várias passagens. O enredo é pontuado por indícios contextuais da década de 1970. O cineasta Glauber Rocha é citado no livro como um dos freqüentadores “subversivos” do Teatro Vila Velha, em Salvador. O narrador se refere a um show de Caetano Veloso e Gilberto Gil, recém-chegados do exílio, no ano de 1973. Já o poeta Vinícius de Moraes, outro figurante da trama, comenta que acabou de compor “Tarde em Itapoã”, canção gravada em 1971. Pode-se, a partir desse livro, que é divertido e fácil de ler, proporcionar a imersão do aluno no contexto da ditadura militar e da contracultura. Uma possibilidade é solicitar que liste nomes de personalidades e fatos históricos encontrados no romance e depois pesquise sobre suas histórias pessoais, seu engajamento político, e sua produção cultural.

    Produção de cacau

    O primeiro plantio de cacau na região de Ilhéus teve início ainda no século XVIII, com sementes trazidas da Amazônia. Até 1900, apenas agricultores estrangeiros dedicavam-se esparsamente ao cultivo do cacau; a partir de 1910, começou a corrida pelas terras da região. O governo passou a doar terras a quem quisesse plantar, atraindo nordestinos que fugiam da seca. A cidade enriqueceu e se transformou rapidamente: a população aumentou, foram erguidos palácios, estabelecimentos comerciais e hotéis, culminando com a construção do porto, em 1924 – financiada pelos próprios cacauicultores. As movimentadas décadas de 1910 e 1920 em Ilhéus constituem o pano de fundo de Terras do Sem Fim,São Jorge dos IlhéusGabriela, cravo e canela A descoberta da América pelos turcos. A leitura de qualquer um desses livros, pelos alunos, terá grande rendimento em aulas de geografia que tratem de migrações internas no Brasil (e também da imigração árabe para o Brasil); dos custos humanos e ecológicos da implantação de fazendas em áreas antes cobertas por mata atlântica; dos impactos da construção de infra-estrutura (estradas, portos) que acompanha o surgimento da agricultura de exportação.

    Amado na TV
    Jorge Amado, o autor brasileiro que mais inspirou adaptações para cinema e TV, se negava a assisti-las. Isso porque os roteiristas e diretores realçam um aspecto do livro em detrimento de outros, criam novos personagens ou eliminam passagens inteiras, levando em conta a duração dos episódios e as preferências do público. Na adaptação de Gabriela, cravo & canela, feita por Walter Durst, em 1975, Sônia Braga está presente nos primeiros capítulos, ao passo que no livro a protagonista só aparece depois da página 100. A liberdade social e sexual de Gabriela, que perpassa o livro, tornou-se erotismo na telenovela.
    Além disso, enquanto no texto literário as imagens se formam em nossa mente, em um processo solitário, silencioso e pautado por nosso próprio ritmo, as telenovelas e filmes nos oferecem imagens prontas – personagens têm rostos específicos, paisagens têm cores definidas –, acompanhados por trilhas sonoras penetrantes. O professor de língua portuguesa ou de artes poderia propor, primeiro a leitura, depois a visualização de um filme adaptado da obra de Jorge Amado, para comparar, junto com os alunos, cada uma das versões – o que têm em comum, o que só é possível em um dos casos, o que foi suprimido ou acrescentado na adaptação audiovisual etc.  Os livros/filmes ideais para essa atividade são: A Morte e a Morte de Quincas Berro D'águaTenda dos Milagres;  Capitães da Areia;Tieta do AgresteGabriela, cravo & canela (este último contém cenas de nudez).

    Diferentes gêneros
    Jorge Amado combina diferentes gêneros literários e textuais dentro de seus romances. Capitães da areia começa com cartas enviadas ao jornal, nas quais os remetentes emitem opiniões sobre o que deve ser feito com aqueles meninos que moram na praia. No início de Dona Flor e seus dois maridos, a protagonista escreve um bilhete a Jorge Amado, comentando uma receita de bolo de puba e oferecendo um pedaço ao autor, num jogo entre ficção e realidade. Em Tenda dos milagres, os textos que Pedro Archanjo escreve para combater as ideias racistas de Nilo Argolo são na forma de folhetos de cordel. Em Jubiabá, o personagem Gordo canta letras tristes para pedir esmola, ao passo que Zé Camarão é compositor de sambas com letras cheias de malandragem. Partindo desses exemplos, o professor pode trabalhar com seus alunos as diferenças de gêneros textuais e literários e pedir que exercitem-se na redação de alguns desses formatos. Um trabalho análogo pode ser feito em relação à norma culta e ao registro coloquial de linguagem e, por vezes, até mesmo registro vulgar, todos presentes nos livros de Jorge Amado e adequadamente empregados em função da situação de comunicação.
    Em 1961, a Editora Martins lançou uma coleção comemorativa especial dos 30 anos da obra de Jorge Amado, toda ilustrada por artistas nacionais. Renina Katz, por exemplo, fez gravuras para Os subterrâneos da liberdade; Oswaldo Goeldi ilustrouMar morto; e Poty criou ilustrações para Capitães da areia. Essas imagens são facilmente encontradas na internet. Sugere-se ao professor de artes e/ou língua portuguesa que discuta com os alunos as relações de complementaridade, redundância ou paralelismo entre texto e imagem. Que explique a técnica da xilogravura, utilizada pelos três ilustradores de Jorge Amado acima citados. E que, em seguida, convide-os a realizarem uma ilustração para uma passagem de Mar Morto ouCapitães da Areia.

    *Ilana Seltzer Goldstein é autora de O Brasil best-seller de Jorge Amado: literatura e identidade nacional (Editora Senac, 2003).

11 de set. de 2012

Correria


Esse posto é mais um pedido de desculpas que qualquer outra coisa. Estou sem tempo devido ao último semestre da faculdade e todos os compromissos que surgem nessa etapa. Além do estágio, tem o Trabalho de Conclusão de Curso e o tempo para o blog fica cada vez mais curto.

Quando der eu apareço!

Inté!