Falar do período da Ditadura não é nada fácil. Primeiro, por que é uma história que está muito presente no país, apesar de ter começado em 1964. Segundo, por que ela ainda não “terminou”, o Estado brasileiro não reconhece que ocorreu uma ditadura, os arquivos não foram abertos e existem muitas pessoas que foram cruelmente torturadas, mortas e enterradas em qualquer lugar desconhecido (ou seja, continuam “desaparecidas” porque seus familiares não encontraram o corpo e não puderam velar seu familiar).
Enfim, o ponto a ser destacado nesse post é a questão do Bipartidarismo. Em 1965, um ano depois do golpe, foi decretado o AI-2 (Ato Institucional número 2) que entre outras demandas, excluía os partidos políticos anteriores ao golpe e criava somente dois: ARENA (Aliança Renovadora Nacional) e MDB (Movimento Democrático Brasileiro).
A ARENA era o partido de situação, que apoiava a ditadura, e o MDB era o partido de oposição, sem muita atuação política. Não havia a possibilidade de haver oposição pelo simples motivo de que o comando do governo fechava o Congresso, baixava leis que prejudicavam os políticos do MDB, cassava mandatos, fazia o que era possível para manter a ordem e os rumos de acordo com as doutrinas e demandas dos militares comandantes da ditadura.
Somente em novembro de 1979, depois de quatorze anos de ARENA e MDB, o bipartidarismo é extinto e novos partidos são criados. Eu digo novos porque apesar das mesmas siglas de outrora, depois de quase uma década e meia de ditadura, tudo muda.
Deem uma olhada nos partidos que se formaram e da onde eles saíram:
Mas esses novos partidos ficam para um futuro post.
Inté!
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